Crônicas da Selva S.A. - Capacidade Não Se Mede no Olhar: O Lugar da Pessoa com Deficiência na Floresta
Na clareira inclusiva da Selva S.A., uma roda de conversa foi convocada para discutir a empregabilidade de animais com deficiência. O Elefante de Uma Tarefa Só , exímio organizador de troncos, iniciou o diálogo: — “Disseram que não sou ágil o bastante para o novo sistema… Mas fui eu que levantei essa floresta enquanto ninguém sabia usar o computador.” A Coruja com baixa visão , analista de riscos, pontuou: — “A maioria das vagas diz ‘inclusiva’. Mas quando você entra… falta leitor de tela, acessibilidade e até iluminação adequada.” A Tamanduá Auditiva , usuária de Libras e coordenadora de logística, comentou: — “Fui dispensada por ‘dificuldade de comunicação’. Mas na prática, o problema era que ninguém queria aprender a escutar de forma diferente.” O Jardineiro da Floresta da Técnica , com deficiência intelectual leve, compartilhou: — “Dizem que a gente só quer o BPC. Mas esquecem que, para ter o BPC, a renda da floresta tem que ser quase inexistente. E mesmo assim…...